Tendências e dados

Aluguel de residências sem garagem cresce 25% em um ano, mostra QuintoAndar

Novos hábitos trazidos pela pandemia, como o Home Office, mudou o perfil de busca dos imóveis

25 de junho de 2021

São Paulo, 24 de maio de 2021 – Levantamento feito pelo QuintoAndar, plataforma digital de moradia com mais de R$ 50 bilhões em ativos sob gestão,  aponta que, durante o primeiro trimestre de 2021, houve crescimento de 25% no número de aluguéis de imóveis residenciais que não contam com nenhuma vaga de garagem, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em algumas cidades, como Belo Horizonte, o  crescimento ultrapassa 56%. Em 2019, por exemplo, cerca de 15% das residências alugadas não tinham local para estacionar um carro ou uma moto. 

A falta de interesse em ter uma garagem pode estar relacionada com a mudança de hábitos dos brasileiros, transformados durante a pandemia de Covid-19. No primeiro trimestre deste ano, um em cada quatro apartamentos alugados pela companhia não possuía garagem. 

O período de crescimento coincide com a adoção, por muitas empresas, de home office – em que mesmo o carro não é tão necessário, esse fator pode ter influenciado nessa acomodação da tendência. Atualmente, cerca de 85% dos usuários da plataforma não utilizam o filtro de garagem na hora de escolher uma residência, segundo buscas no site do QuintoAndar 

A construção de empreendimentos sem garagem, tendência percebida nos últimos anos em algumas cidades, também pode explicar esse fenômeno. Os números indicam um fenômeno que acontece nas capitais e também no interior do país, mas com maior magnitude nos centros administrativos dos estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. 

Em São Paulo, a variação percentual entre o primeiro trimestre de 2020 e 2021 foi de 30%. No Rio, por sua vez, o crescimento foi de 26%. Apesar do avanço de menor magnitude, a capital fluminense tem um percentual que é 12 pontos percentuais maior que a cidade paulista no percentual de imóveis alugados sem garagem. 

Um dos fatores que pode impactar nessa diferença é que na capital paulista as pessoas usam muito mais carro do que na cidade fluminense. Dados do Denatran mostram que a frota em São Paulo é quase três vezes maior do que a do Rio de Janeiro. 

A ocupação do solo urbano nas últimas décadas também ajuda a entender, com construções mais antigas na capital fluminense, erguidas há mais de meio século.

“No último ano, vimos surgir necessidades em relação a casa que não tínhamos antes, como home office e espaços para lazer. Por outro lado, outras coisas deixaram de fazer sentido, como as vagas de garagem. Ainda é muito cedo para dizer se todas essas mudanças serão duradouras, mas o que podemos afirmar é que a pandemia mudou a forma com que pensamos as necessidades de moradia, conta Flávia Mussalem, diretora de marketing do QuintoAndar.

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